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quinta-feira, 28 de novembro de 2019

EDITORIAL

Allison Torres, cursando Comunicação Social 
Chegamos à reta final de 2019, daqui a pouco chega 2020 e é ano de eleições municipais. É momento de manter ou renovar os bons e ruins gestores e legisladores em suas funções. 

As eleições de 2020 será ainda mais diferenciada se comparada a de 2016, pois movimentos de 3ª via cresceram muito, e por isso vem causando um empoderamento político sem dimensões. 

Este empoderamento, por sua vez pode ser que dure apenas até a eleição, porém vivenciamos um momento diferenciado politicamente falando, momento este, de descredito político, a desvalorização de políticos de mandatos ou políticos que já estiveram no poder. 

Um dos maiores exemplo de 3ª via no agreste Pernambucano é o do empresário Edílson Tavares (atual prefeito de Toritama). Edílson foi para disputa contra Odon Ferreira (candidato a reeleição) e Lucinha Pereira (vice de mandato) e venceu as eleições. 

Após o termino das últimas eleições municipais, os nomes dos empresários Boy em Jataúba, Rubinho Nunes em Brejo da Madre de Deus e Allan Carneiro de Santa Cruz do Capibaribe surgem como opção para 2020, além dos medalhões de cada cidade acima citada. 

Jataúba

Os Jataubenses terão novas opções após anos de disputas entre Antônio de Roque (atual prefeito) e Fábio Mamão, na última eleição quem ensaiou uma 3ª via foi Chico de Irineu, mas não conseguiu obter êxito, atualmente o ex-vereador é ligado politicamente ao empresário Boy, em conversas de bastidores Chico será candidato a vereador. 

Fábio Mamão não terá muito o que fazer, perdeu muitas lideranças e seu caminho mais cedo ou mais tarde será uma união com o empresário Boy até por uma questão de "sobrevivência política" a anos Mamão tentar vencer as eleições e não consegue. Por uma questão estratégica o melhor caminho será a união avaliamos nos bastidores. 

O prefeito Antônio de Roque não poderá ser candidato, mas, deve ser respeitado por toda sua história política, afinal de contas são poucos que conhecem tão bem o caminho da prefeitura como o atual prefeito. 

Brejo da Madre de Deus

Os Brejenses por sua vez já tiveram de tudo, troca de prefeitos em um curto espaço de tempo, tira prefeito, coloca prefeito, faz eleição, cancela eleição, enfim, coisas que só acontecem em Brejo.  

Roberto Asfora e Dr. Edson disputam desde 2004 a prefeitura, na última eleição Hilário Paulo (indicado por Edson) e Mônica Asfora (indicada por Asfora) além de outros candidatos, desfecho, Hilário Paulo saiu vencedor. 

Após o fim da eleição, a liderança de Rubinho Nunes cresceu bastante com adesões de várias lideranças ligadas a Roberto e a Edson, em 2018 aproximou ainda mais suas alianças com o Governo do Estado e deve ser o candidato a prefeito do governador, ações como a adutora de Mandaçaia e a futura reconstrução da PE-145 são sinais da aliança do grupo de Rubinho com o Estado.

Ainda sobre as adesões políticas, elas não pararam de forma alguma. Por exemplo o vereador professor Marconi, em 2016 estava com Asfora, em 2017 com Rubinho Nunes e em 2019 com Dr. Edson. 

Além do vereador Marconi, nomes como Jobson Barros, Avecino Lima, Junior de Miguelão, Val Lima, Damião Aguiar, Flavio Diniz entre muitos outros trocaram de grupo. Vale ressaltar ainda o princípio de articulação política da oposição para se unir e conseguir a presidência da Casa José Cupertino de Souza, e conseguiram.

O posicionamento do vice-prefeito de Brejo também é algo a ser analisado, Josevaldo Lopes rompeu com o prefeito Hilário e o grupo boca preta ficou dividido, o Cawboy teve bons resultados na eleição de 2018 e deseja disputar a prefeitura. 

Próxima segunda-feira (02) serão julgadas as contas de Dr.Edson e Roberto Asfora do exercício financeiro de 2014 pela Câmara de vereadores, tive a oportunidade de conversar com alguns vereadores, e a expectativa é que a maioria siga o parecer do Tribunal de Contas do Estado, ou seja, pela aprovação das contas dos nomes acima mencionado

Um dos vereadores disse desconhecer algum vereador com conhecimento jurídico no estado para ir contra o TCE-PE, em conversa com outro parlamentar, ele falou que não tem "cara para votar favorável a Edson e Asfora", por isso está estudando como fundamentar bem seu voto ou talvez ser abster na votação. 

Santa Cruz do Capibaribe

Não muito diferente das outras cidades, a capital da moda também vive a onda da 3ª via. Ainda em 2012, Cleiton Barboza surgiu como uma alternativa naquela oportunidade, em 2016 Rodolfo Aragão não conseguiu os mesmos resultados que Cleiton, que ainda não foi o suficiente para vencer Edson Vieira em 12 e 16. 

Edson Vieira não poderá ser candidato por estar em seu segundo mandato, a tendência a indicar um sucessor que não tenham a imagem desgastada é natural, com mandato e experiência política vejo apenas Dida de Nan vice-prefeito como melhor opção, Dida soube criticar quanto foi preciso e não negativou sua imagem com os escândalos envolvendo o governo de Edson. 

Allan Carneiro, como sindico do Moda Center teve seu trabalho reconhecido, fez ações que o projetaram para hoje ele ser candidato a prefeito, como por exemplo a audiência pública sobre a questão da crise hídrica na cidade, as ações do duplica já que pediam a duplicação da BR-104 como também a ampliação do EMP, entre outras. 

Muito acreditam que caso Allan venha a ser de fato candidato será a 3ª via mais bem votada da história de Santa Cruz. 

Por outro lado, caminha o grupo Taboquinha, com Fernando Aragão, Diogo Moraes e José Augusto Maia, medalhões da política santa-cruzense tentam de alguma forma unir em torno de um único nome. Fernando e Diogo vivem uma disputa pessoal para ver quem deve ser o candidato do grupo. 

O que acho desses movimentos?

Estas movimentações de desprendimento político, eu acredito que está totalmente atrelado ao empoderamento político e novas lideranças e falta de posicionamento dos medalhões, mas não vejo como algo negativo, vivemos em uma democracia, todos tem o direito de disputar uma eleição.

É altamente positivo o surgimento de nomes como Boy, Rubinho, e Allan, pois celebram uma nova oportunidade para o eleitor escolher entre as novas opções e os já conhecidos. 

Sobre as adesões, como a classe política está descredibilizada, as lideranças hoje não têm mais "rabo preso" e pulam para o galho de desejam sem cerimônia alguma. A nomes que seria inimaginável juntos, mas a política é a arte de soma e não dividir, e a população precisa entender isso, não digo concordar, mas, entender e julgar o que está por trás de certas ações.

Por: Allison Torres


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