Deputado estadual de primeiro mandato, André Ferreira representa uma família que está em ascensão na política pernambucana, pois governa Jaboatão dos Guararapes com Anderson Ferreira e tem um vereador na capital, que é Fred Ferreira. Inicialmente o projeto para 2018 seria André tentar o mandato de deputado federal e o patriarca Manoel Ferreira seria candidato a deputado estadual, cargo que já ocupou por sete mandatos.
Porém vários fatores colocaram André Ferreira numa condição jamais vista para um político do seu perfil. Os principais aspirantes ao Senado, os ministros Bruno Araújo e Mendonça Filho, estariam receosos de trocar o certo pelo duvidoso, que seria a reeleição líquida e certa para a Câmara Federal, por uma disputa majoritária em 2018. Eles só possuem seus mandatos, e em caso de derrota sairiam destroçados das urnas, sem nenhuma estrutura de poder para continuar na política.
Então restariam apenas as candidaturas de Jarbas Vasconcelos, inicialmente candidato na chapa de Paulo Câmara, e Armando Monteiro, que poderia ser candidato a senador na chapa encabeçada por Fernando Bezerra Coelho. Como são duas vagas para senador em disputa, faltaria um nome competitivo em ambas as chapas que tivesse condição política de arriscar mandato sem sepultar sua carreira em caso de derrota.
É neste contexto que entraria André Ferreira, que representa o segmento evangélico que detém 30% do eleitorado pernambucano, e que nas eleições de 2016 já começou a eleger prefeitos. Um candidato evangélico partiria com um potencial de votos significativo para as eleições de 2018, sendo que André Ferreira não seria um candidato qualquer, viria com o lastro da segunda maior cidade de Pernambuco e consequentemente agregaria bastante aos candidatos majoritários.
Por isso nos bastidores, tanto os defensores de Paulo Câmara quanto os de Fernando Bezerra Coelho defendem abertamente que André Ferreira seria o nome ideal para a segunda vaga na chapa majoritária. Caberia aos Ferreira a prerrogativa de escolher o projeto que teria maiores chances de sair vitorioso, pois o peso do governador que vencer tende a arrastar André na segunda vaga no lugar do candidato da outra chapa. O histórico mostra que o governador geralmente puxa os senadores e em 2018 não deverá ser diferente.
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