O que mais se ouve da boca de investigados pela Operação Lava Jato são frases com essas: “Estou tranquilo”. “Recebi dinheiro da Odebrecht, de forma legal, declarei à Justiça Eleitoral e minhas contas foram aprovadas”. “O homem público não deve ter medo de investigação”. “Delação não é condenação, é preciso que o delator prove o que está dizendo”.
Até agora, pelo menos, somente o marqueteiro João Santana admitiu que errou ao receber da Odebrecht, via conta bancária no exterior, o acerto que fez com o PT para cuidar da reeleição de Lula em 2006 e das campanhas de Dilma em 2010 e 2014. Quem mais se aproxima dele, embora não admita ter feito nada de errado, é o ministro Bruno Araújo ao confessar que está “constrangido” pelo fato de o seu nome constar da “lista Fachin”, significando que será investigado por inquérito da Polícia Federal. É uma exceção à regra, já que os outros ministros que se encontram no mesmo barco (oito) optaram pelo silêncio.
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